segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Carta de Florianópolis


Realizados de 8 a 11 de outubro de 2015 o III Congresso Ibero-americano sobre Assédio Laboral e Institucional, em conjunto com o IV Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho, foram eventos que se distinguiram pela busca em ampliar a discussão aos demais países ibero-americanos, sobretudo à América Latina.
Tivemos como principal objetivo acumular elementos que fortaleçam a luta contra o Assédio Moral no Trabalho e pela transformação social. Por ser um fenômeno que vitimiza expressiva quantidade de trabalhadores, produzindo insidiosas consequências emocionais que levam a um grande número de adoecimentos, caracterizar-se também, pela dificuldade de ação jurisdicional em razão de sua complexidade, consequentemente, destaca-se a prevenção como a mais importante forma de atuação.
Agradecemos a sua participação e/ou interesse demonstrado e enviamos em anexo a carta de Florianópolis decorrente dos eventos.


LINK CARTA FINAL III CONGRESSO IBEROAMERICANO SOBRE ASSÉDIO LABORAL E INSTITUCIONAL




XVII Encontro de Delegados do Serjusmig





Teve início, na noite desta quinta-feira, 26/11, a 17ª edição do Encontro de Delegados. O tradicional evento teve um gosto especial este ano: a celebração dos 25 anos de atuação forte e corajosa do SERJUSMIG.
Cerca de 500 Servidores de dezenas comarcas do estado compareceram ao evento, que foi marcado também pela emoção. Logo no início da cerimônia de abertura, foi veiculado um vídeo em homenagem aos companheiros que se foram no último ano: Fabrício Cruz, Maria Madalena Botinha e Amauri Debucci.

A presidente do Sindicato, Sandra Silvestrini, saudou os participantes, relembrando a trajetória de lutas do ano de 2015 e parabenizando os bravos Servidores que vestiram a camisa e encararam corajosamente as lutas da categoria. “Gostaria neste momento de parabenizar os colegas que não se intimidaram e fizeram das nossas lutas, grandes conquistas”, celebrou.

A exemplo da programação dos outros anos, a cerimônia foi finalizada com a leitura do regimento interno, que foi aprovado por ampla maioria. 
Debates da tarde empolgam plenária

A programação da tarde de sexta-feira foi recebida com muita empolgação por parte da plenária. Dos males da depressão - que não é uma doença do ócio como foi afirmado na sessão do Órgão Especial que majorou a carga horária da categoria, à criminalização dos movimentos sindicais, finalizando com resumo do intenso calendário de atividades da greve 2015, e esclarecimentos sobre o acordo firmado e da necessidade de todos continuarem em estado de greve, até que o mesmo seja homologado, os temas discutidos tiveram repercussão bastante positiva junto à plenária, que participou ativamente dos debates e aplaudiu os palestrantes por diversas vezes durante suas falas.
Depressão - a doença do século

A tarde começou com a palestra da médica Valéria Passos, que falou sobre a depressão. O tema de sua palestra aborda uma das doenças de maior incidência atualmente no mundo e que tristemente corrobora com os dados do último estudo divulgado pelo TJMG, sobre a saúde dos Servidores e Magistrados da Casa, que aponta a depressão como a causa número um de afastamentos e licença-saúde.

A médica apresentou dados que comprovam a alta incidência da depressão em pessoas de vários países do mundo, entre eles, o Brasil. Valéria explicou as várias possibilidades que podem desencadear a doença, abordando também os sintomas. A aposentadoria, segundo a médica, é hoje um dos desencadeadores da depressão. “As pessoas se aposentam sem uma preparação prévia para encarar uma nova realidade, que é sair do trabalho, perder responsabilidades, relações pessoais e rotina. E isso é um baque no princípio. Normalmente, a depressão na aposentadoria passa após um ano, período em que o aposentado começa a se acostumar com a nova realidade”, explicou.

Segundo Valéria, não se deve confundir tristeza com depressão. 60% das dores em coluna lombar é fruto de tristeza. Ela explica que a depressão é uma tristeza muito mais profunda. A tristeza é passageira, já a depressão não: a pessoa não consegue sair dela sem auxílio médico e o apoio de amigos e familiares.

Criminalização dos movimentos sindicais

Numa apresentação empolgante, a doutora em Direito, Daniela Muradas, acertou em cheio no sentimento da plenária. A professora criticou duramente as tentativas constantes, inclusive do judiciário, de tentar reprimir, através de ameaças e até processos, o direito da livre associação sindical, de greve e da liberdade de expressão.

A palestrante contextualizou historicamente a criminalização dos movimentos sindicais, dando exemplos de lutas de outras categorias que também foram criminalizadas. “O que temos percebido é que cada vez mais tenta-se reprimir o movimento sindical, não permitindo que trabalhadores possam se reunir e democraticamente manifestarem sua opinião ou divergências. O direito de opinar e de ser ouvido talvez seja o mais lesado por parte dos empregadores, com a bênção de todo o estado brasileiro”, argumentou.

Segundo Daniela, o judiciário mineiro tem se mostrado mais conservador do que o de São Paulo, já famoso por esta característica. “Chegamos num ponto em que o judiciário de São Paulo, o mais conservador do país, reconheceu o direito dos estudantes de ocuparem escolas como forma de manifestar seu direito político”, exemplificou. Na análise da palestrante, o Judiciário mineiro, por sua vez, em relação aos movimentos sociais, tem atuado com a mentalidade mais arcaica do Brasil.

Ao encerrar, a palestrante deixou o seu recado: “Temos que dobrar, triplicar, quadruplicar a força, para levantar as nossas bandeiras e lutar pelas nossas conquistas. Como militante de direitos humanos, digo aos senhores que se articulem.”

Durante a palestra, a presidente do Sindicato, Sandra Silvestrini e Daniela Muradas, citaram o caso de Beatriz Cerqueira, presidente da CUT/MG e coordenadora geral do Sind-UTE/MG, que é uma liderança do movimento sindical em Minas das mais perseguidas. Daniela comparou o este caso à situação vivenciada pelo SERJUSMIG, sua presidente e os Servidores, que respondem a processos judiciais por exercerem o papel sindical e a liberdade de expressão. Sandra registrou profundo agradecimento ao total apoio de Beatriz Cerqueira (Bia) ao SERJUSMIG e a ela. E salientou que “Bia, com sua coragem e força, é fonte de inspiração para seguirmos resistindo”. A forma com a qual a advogada, militante dos direitos sociais e professora da UFMG e também o psicólogo e jornalista, membro da comissão de combate ao assédio moral abraçaram a causa do SERJUSMIG, a liderança e os servidores, foram exaltadas por Sandra e Rui Viana que presidia a mesa dos trabalhos.

Força do coletivo
Arthur Lobato, psicólogo e membro da comissão de combate ao assédio moral do SERJUSMIG/SINJUS, fez uma bela avaliação da greve 2015 da categoria, abordando o movimento através de uma análise dialética. O palestrante dividiu o movimento em dois grupos: de um lado o Sindicato, com sua líder e suas ideias (pauta) e de outro o poder, representado pelo TJMG.

Segundo ele, o líder e a ideia são as principais forças aglutinadoras do grupo. “A ideia, os Servidores e a direção sindical criam a mente coletiva, que é o que nos faz agir de forma diferente da que agiríamos individualmente. Dentro do grupo, o indivíduo se sente mais forte, é a força do coletivo que se manifesta neste momento”, afirmou.



Lobato citou Foucault para descrever os efeitos do poder: exclui, mascara, esconde, oprime. Ele explicou que o objetivo do poder é criar o medo coletivo, chamado por Freud, de pânico. O primeiro golpe do poder foi contra a ideia, representado pela negativa da Administração em dialogar com os Servidores, por suas representações sindicais, e não conceder um direito: a data-base. O segundo golpe foi contra o líder: ações judiciais contra a presidente do Sindicato e o terceiro golpe, contra o servidor, que em um ato de protesto reproduziu informações contidas na Edição 888 da revista Época. “Neste contexto, ou a categoria se unia após os golpes, ou poderia desistir de sua luta. A categoria não se amedrontou, se uniu, em busca dos seus direitos, dignidade e justiça. A força contagiou o grupo: a força da liderança somada ao valor da ideia (pauta), foram os alicerces que sustentaram os diversos dias de paralisação”, contextualizou, para finalizar: “Ao invés de se calar, o Sindicato falou ainda mais alto: afinal, conforme estampado em camisetas usadas ao longo da greve, cala a boca já morreu!”



Resumo de lutas


A tarde produtiva foi finalizada com a apresentação da presidente do SERJUSMIG, Sandra Silvestrini, que falou aos presentes sobre os dias da greve. Ela apresentou o calendário de atividades seguido pela categoria durante o movimento e explicou detalhadamente os pontos onde os Servidores tinham mais dúvidas.

Demonstrou que foram dias intensos e que impediram a visitação de um maior número de comarcas. Esclareceu que para tentar atingir às 296 comarcas do Estado, o Sindicato realizou atividades de formação sindical, transmitidas online através do site da entidade, com possibilidade de interação em tempo real, entre os Servidores e os palestrantes. Sandra lembrou que seria necessário pelo menos um ano para circular todas as comarcas e neste sentido salientou sobre o papel fundamental dos delegados em contribuir para esse processo de conscientização da categoria sobre seus direitos, inclusive o de greve, que é consagrado na Constituição Federal e, portanto, não pode ser impedido de ser exercido, sob ameaças de punição.

Sandra detalhou o acordo firmado nos autos da Ação Civil Pública movida pelo Estado contra o SINJUS, mas do qual fizeram também parte o SERJUSMIG e o SINDOJUS, nos pontos comuns da pauta. Lembrou que este acordo ainda não foi homologado, estando os autos com a procuradoria geral do Estado.



Ao final da palestra, houve um intenso debate, onde a presidente aproveitou para esclarecer dúvidas sobre data-base, o acordo com o TJMG, o abono, entre outros temas. E relembrou: “Não podemos nos esquecer que a nossa greve está apenas suspensa. Caso haja descumprimento ou mudança no acordo firmado, nosso movimento será retomado e voltará mais forte que nunca.”E assim, os trabalhos que tiveram início às 09 horas da manhã, terminaram quase 20 horas, com a plenária manifestando profunda satisfação com o nível dos palestrantes e os temas abordados.

Amanhã, sábado, as atividades começam cedo, com AGE às 09h, seguida de um resumo das lutas políticas e jurídicas do SERJUSMIG e a formação de grupos, divididos por cargos, para deliberarem sobre as futuras ações da entidade.

Confira todas as fotos em nosso facebook
(Incluída em 27/11/2015 às 17:11)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

SINJUS debate sobre Direito de Greve e Democracia

Vem aí: Café com SINJUS com debate sobre Direito de Greve e Democracia


Em sua 3ª edição, o Café com SINJUS, projeto do Sindicato que oferece mais um espaço de formação para os filiados, traz um debate sobre o tema “Direito de Greve e Democracia”. O evento será realizado no dia 2/12, das 14h às 17h30, no auditório do SENAC, no 16º andar do Edifício Mirafiori (rua Guajajaras, 40, Centro). Confira abaixo os palestrantes convidados e os assuntos que serão abordados:

Conjuntura Política

Palestrante: Carlos Magno Machado

Impactos psicológicos sobre o servidor

Palestrante: Arthur Lobato

Estratégia jurídica

Palestrante: Rudi Cassel


Mídia e greve

Palestrante: Patrícia Brum

Cenário econômico e perspectivas para 2016

Palestrantes: José Moreira e Thiago Rodarte

Balanço Final

Palestrante: Direção do SINJUS-MG


A participação dá direito a certificado, que vale pontos para a Promoção Vertical. Mas atenção, as vagas são limitadas! Faça sua inscrição até às 17h do dia 1º/12 pelo telefone (31) 3213-5247. Inscrições no evento mediante disponibilidade de vaga.

Serviço:Café com Sinjus - Direito de Greve e Democracia
Dia: 2/12 (quarta-feira)
Horário: 14h às 17h30
Local: Auditório do SENAC, no 16º andar do Edifício Mirafiori (rua Guajajaras, 40, Centro). Inscrições: até 1º de dezembro pelo telefone 3213-5247

Diferenças sutis entre o estresse e o assédio moral

Sitraemg: Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral


Postado em: 24/11/2015
Marie France Hirigoyen, uma das maiores especialistas sobre assédio moral, em sua palestra realizada no Brasil em 2011, ressaltou que tanto no estresse quanto no assédio moral há “ativação dos hormônios do estresse”, mas com os estressados o repouso é reparador. No caso do assédio, o organismo não reage como no estresse, o que leva ao esgotamento e a depressão, principal sintoma da vítima de assédio moral.
Com relação à especificidade que vai marcar a diferença entre assédio moral e estresse, ela reforçou as marcas e consequências da vergonha e humilhação vivenciadas pela vítima. Como os efeitos do assédio moral persistem com o tempo, a vitima que é escolhida como alvo sofre com a perda do sentido da realidade, questiona-se “porque estão fazendo isso?”, e não há explicações. A vítima não entende o que está acontecendo; cria um quadro de dúvidas sobre sua capacidade de trabalho; introjeta o discurso do agressor e passa a se sentir culpada no lugar de vitima. Mas culpada de quê?
Nós, seres humanos, precisamos do sentido das coisas. Quando há explicações e diálogo, problemas e conflitos podem ser superados. As atuações agressivas, mecanismo de defesa da vítima de assédio moral, servem para corroborar a perversidade do assediador, que usa destes momentos de explosões emocionais da vitima de assédio moral, para prejudicá-la ainda mais.
Marie France reafirmou que todo assédio moral é um atentado à dignidade e autoestima das pessoas, sendo que as injúrias e humilhações nunca são esquecidas. A vítima de assédio moral não entende o que aconteceu, nem sabe o que fazer, o trabalho perde o sentido, fatores que agravam o adoecer emocional e psíquico da vítima. Sem o sentido, que dá significado ao trabalho, a vítima busca soluções equivocadas, e como não há respostas, a vitima pode ser violenta com outra pessoa ou consigo mesmo, uma das razões do suicídio. Portanto a vítima de assédio moral pode sofrer com depressão ou ansiedade excessiva, e até mesmo ideias suicidas.
Por isso é necessário que profissionais de saúde, doutores da lei, servidores e diretores do Sitraemg, fortaleçam o  debate para  combater o assédio moral no trabalho.
Buscando o diálogo institucional, foi solicitado através de ofício ao TRT, TRE e Justiça Federal, reunião para debater o projeto de saúde do trabalhador implementado pelo SITRAEMG, de forma que o debate entre a relação trabalho/saúde/adoecer, seja  encampado enquanto política institucional.
O Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral do SITRAEMG já está atendendo servidores e servidoras que queiram denunciar o assédio moral e outras violências no ambiente de trabalho. O agendamento pode ser feito pelo e-mail denuncia.assédio@sitraemg.org.br, ou pelo telefone 4501 1541.
Arthur Lobato é Psicólogo/Saúde do trabalhador


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

"A dor (in)visível - Assédio Moral no Trabalho"



O documentário "A dor (in)visível - Assédio Moral no Trabalho" é uma realização:

  • Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS)
  • Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) de Caxias do Sul; 
  • Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) 
  • Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) em Caxias do Sul; 
  • e do Governo Federal.

Produção: Transe Imagem


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Curso ministrado pelo psicólogo Arthur Lobato no auditório da Escola Superior da Magistratura – AJURIS/ Porto Alegre

SINJUS-MG continua a ser referência em encontros sobre Assédio Moral
Publicado no site: http://www.sinjus.org.br/




Em outubro do corrente ano, os Membros da Comissão Paritária de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, no âmbito do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, participaram de curso ministrado pelo psicólogo Arthur Lobato, no auditório da Escola Superior da Magistratura – AJURIS, em Porto Alegre.

Servidores, profissionais de saúde, juízas, desembargadoras do TJRS e representantes  da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul - Ajuris, Sindjus-RS, ASJ e Abojeris acompanharam o curso e puderam esclarecer dúvidas sobre o assédio moral no ambiente de trabalho.
Um dos pontos abordados foi a importância da solidariedade do grupo de trabalhadores, já que o individualismo, metas e produtividade, características do trabalho na iniciativa privada, estão sendo aplicados no serviço público. Por isso, a importância da ação  dos sindicatos e associações, além do trabalho da Comissão Paritária. Nesse sentido, o trabalho do SINJUS-MG e Serjusmig foi referência no Encontro.
Foram debatidas, também, questões jurídicas, estratégias de ação e as recomendações preventivas da OIT (Organização Internacional do Trabalho) em relação ao combate do assédio moral.
No curso, Arthur Lobato ressalta a importância dos trabalhos da médica Dra. Margarida Barreto e do psicólogo, Roberto Heloani, os pioneiros no estudo do assédio moral no Brasil.


O psicólogo Arthur Lobato e a jornalista Taís Ferreira foram declarados pelo Ato Nº 042/2015P, assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), desembargador José Aquino Flores de Camargo, hóspedes oficiais do Tribunal de Justiça para realizarem o Curso de Capacitação para Membros da Comissão Paritária de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral.
Segundo Lobato esse trabalho fez parte de uma luta sindical do Sindjus-RS,por meio das diretoras Geovana Zamperetti Nicoletto e Carmen Nadia Pereira Rosso Chama atenção ainda, que a Comissão foi criada sem a necessidade de uma lei, como no caso de Minas Gerais. "Pude constatar no Rio Grande do Sul o avanço no combate ao assédio moral e a importância da capacitação de juízas e desembargadoras. A experiência que tive ao ministrar esse curso me fez refletir sobre a diferença de atitude no combate ao assédio moral em relação ao Tribunal de Minas", disse o psicólogo.
"Há um tema que os estudiosos do assédio moral devem se ocupar profundamente, nesta década, que é a progressiva e reiterada, continua e organizada, de um tipo de assédio moral específico, qual seja: o assédio moral institucional. Não é de hoje que a percepção dessa tipologia é bem sentida quando as ações próprias de desmotivação e de desvalorização, não se volta contra indivíduos mas contra um conjunto de trabalhadores, a partir de uma política de gestão das organizações. Os casos mais recentes no TJMG bem poderiam servir de laboratório para uma pesquisa nesse sentido. Mas é, por enquanto, uma tese", avalia o diretor de Assuntos Sociais, Culturais e de Saúde do SINJUS-MG, Jonas Araújo.
FONTE: Sinjus com informações do Blog Assédio Moral e Saúde no Trabalho

Fotografias: Taís Ferreira

Confira também:
http://assediomoralesaudenotrabalho.blogspot.com.br

 http://www.escoladaajuris.org.br

 http://sindjus

 http://www.abojeris.com.br/

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Encontros Regionais: etapa do Polo Divinópolis será dia 28 de novembro

http://www.sitraemg.org.br/inscreva-se-ja/

Depois de Governador Valadares e Montes Claros, chegou a vez de Divinópolis. A cidade do Centro-Oeste de Minas sediará, no próximo dia 28 (de novembro), sábado, o Encontro Regional dos Servidores do Judiciário Federal – Polo Divinópolis. O evento será realizado no River Palace Hotel (Rua Pernambuco, 154, Centro, Divinópolis), com início previsto para as 9 horas da manhã e encerramento às 19 horas, quando terá início uma confraternização festiva entre os participantes.
Além dos temas “Campanha de fortalecimento do SITRAEMG”, “O Servidor Público no cenário da Dívida Pública Brasileira” e “Direito e Movimento Sindical”, o Encontro em Divinópolis debaterá, também, “O Servidor Público no cenário da Dívida Pública Brasileira”, a partir de palestra a ser proferida por Rodrigo Ávila, economista militante do movimento Auditoria Cidadã da Dívida.
Para este Encontro, estão convidados os servidores de Divinópolis, Pará de Minas, Itaúna, Bom Despacho, Formiga, Pitangui, Oliveira, Nova Serrana. Os interessados da região podem fazer suas inscrições pelo e-mail evento@sitraemg.org.br, lembrando que o SITRAEMG arcará com as despesas de transporte e deslocamento dos servidores filiados. Para melhor organização do evento, o Sindicato pede que cada um confirme sua participação até, preferencialmente, o dia 25/11.
O objetivo dos Encontros Regionais é aproximar e integrar o SITRAEMG, cada vez mais, dos servidores do interior, mantendo o contato com os mesmos e levando-lhes os informes gerais de interesse da categoria, o que de certa forma já é feito também através do projeto Pé na Estrada, mas, além disso, facilitando-lhes o acesso aos debates acerca de temas pontuais que lhes são afetos no dia a dia de trabalho.
PROGRAMAÇÃO
Encontro Regional dos Servidores do Judiciário Federal – Polo Divinópolis
Data: 28 de novembro de 2015, sábado
Local: River Palace Hotel – Rua Pernambuco, 154 – Centro – Divinópolis-MG.
9h – Credenciamento
9h45 – Campanha de fortalecimento do SITRAEMG:
  • Campanha de sindicalização
  • Organização Regional (Resolução do IX Congresso ordinário)
  • Carteira de Convênios e serviços prestados à categoria
  • Explanação e Apresentação a ser feita pela Diretoria
11h – Palestra: “O Servidor Público no cenário da Dívida Pública Brasileira” – Palestrante: Rodrigo Ávila – Economista da Auditoria Cidadã da Dívida.
12h30 – Almoço
14h – Palestra: “Direito e Movimento Sindical”: Greve do Serviço Público; Criminalização do Movimento; Organização dos Trabalhadores – Palestrante: Gustavo Machado – Pesquisador do Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômicos – ILAESE –; Mestrando em Filosofia pela UFMG.
16h – Coffee Break
16h30 – Palestra: “Saúde e Assédio no Trabalho” – Palestrante: Arthur Lobato – Psicólogo responsável pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral do SITRAEMG; Coordenador da Comissão de Combate ao Assédio Moral SINJUS-SERJUSMIG (2007- 2015) e coordenador do Plantão Sindical de Atendimento às Vítimas de Assédio Moral SINJUS-SERJUSMIG (2007-2015).
19h – Confraternização
22h30 – Encerramento

Publicado em: http://www.sitraemg.org.br/


terça-feira, 17 de novembro de 2015

“Lidando com o estresse nosso de cada dia”

Entrevista: “Conexões: espiritualidade e cotidiano”

No programa a reflexão é sobre lidar com o estresse de maneira a buscar do equilíbrio. O trabalho, os relacionamentos, a família, a escola e outras grandes responsabilidades são fatores de forte pressão e, muitas vezes, acabam por tirar nosso equilíbrio. É possível administrar a pressão e viver bem mesmo em meio a tantas emoções e afazeres?  



05/11/2015

Estresse nosso de cada dia – Bloco 02






Conexões: espiritualidade e cotidiano”
Apresentação: padre Márcio Paiva
Entrevistado: Arthur Lobato - psicólogo/saúde do trabalhador
Data da gravação: quinta-feira, 05 de novembro
Local: TV Horizonte
Horário de exibição: 21h15 às 21h45 – AO VIVO (2 blocos de 12 minutos cada)
Tema: “Lidando com o estresse nosso de cada dia”

http://www.tvhorizonte.com.br/conexoes/



terça-feira, 10 de novembro de 2015

Por Arthur Lobato: O sofrimento no trabalho segundo Christophe Dejours


Postado em: 10/11/2015

Christophe Dejours, pesquisador francês e criador da “psicodinâmica do trabalho”, método que analisa a relação de prazer e sofrimento no trabalho, conclui que as contradições da relação entre capital e trabalho são os motivos que conduzem ao adoecer do trabalhador e ao sofrimento físico, psíquico e emocional. A dignidade humana, portanto, tem que ser o valor supremo no mundo do trabalho e para isso é necessário resistir e vencer as dificuldades do trabalho, mas nem todos conseguem, daí o adoecer, o sofrimento e o fracasso.
Dejours considera que as estratégias de defesa podem ser conscientes ou inconscientes, mas representam em ambos os casos uma recusa de sofrer, uma elaboração psíquica sobre o que faz sofrer aprofundando a contradição entre a realidade vivenciada pelo trabalhador e a organização do trabalho, já que neste “real do trabalho” a vivencia é de fracasso e sofrimento. Isto se manifesta no burn-out, que é o sofrimento de quem se envolve muito com o trabalho, ou na insônia e sonhos com o trabalho. Curiosamente o especialista afirma que “muitas vezes é preciso fracassar para se ter boas ideias”, ou seja, aprender com o erro, para poder resistir e vencer as dificuldades do trabalho, mas isso nem todos conseguem, daí o adoecer, o sofrimento, o fracasso.
“Trabalhar é sofrer resistências” e o trabalhador se engaja nos esforços, em toda sua subjetividade, e nos relacionamentos com os colegas, portanto, afirma Dejours, “falar ao colega é um modo de nos reapropriarmos de nossa inteligência”, pois somos seres relacionais, o outro constrói minha subjetividade, e tanto no amor como no trabalho a construção da identidade é através do reconhecimento. Entretanto, como evitar sofrimento do trabalhador e ao mesmo tempo manter as regras rígidas da organização do trabalho?
O trabalhador não é uma máquina, portanto, precisa interpretar as ordens e não apenas obedecer regras e normas. O perigo é a interpretação individual, que pode causar riscos à segurança, por isso deve haver este espaço para falar do trabalho e discutir as contradições entre a teoria e a prática. Só assim se chega a uma arbitragem sobre as deliberações e opiniões dos trabalhadores para adaptar a norma à experiência do trabalhador.
O SITRAEMG criou o Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral, da qual participo como coordenador, visando combater todo tipo de violência laboral. Nos atendimentos individuais, percebemos claramente que muitos casos que levam ao adoecer do trabalhador estão no conflito mal resolvido, quando o superior hierárquico não aceita o diálogo e usa da hierarquia para práticas autoritárias, negando o saber do trabalhador, e muitas vezes o conhecimento/saber do servidor agiliza o processo produtivo, mas, pela recusa ao diálogo, este servidor é perseguido pois até hoje o autoritarismo é exercido como forma de domínio sobre os servidores, o que cria uma série de transtornos psíquicos e emocionais, sem que os tribunais percebam as consequências para a saúde do trabalhador.
O Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral do SITRAEMG já está atendendo servidores e servidoras que queiram denunciar o assédio moral e outras violências no ambiente de trabalho. O agendamento pode ser feito pelo e-mail denuncia.assédio@sitraemg.org.br, ou pelo telefone 4501 1541.
Arthur Lobato é psicólogo/saúde do trabalhador

Greve, retaliação, perseguição e os impactos sobre a subjetividade do trabalhador







Por

Arthur Lobato




No Congresso Sindical da OAB, realizado no último mês de outubro em Belo Horizonte, juízes, procuradores, sindicalistas e advogados foram unânimes: a greve é um dispositivo legal, na luta capital/trabalho, em busca de direitos, sendo justificada, enquanto mecanismo de pressão, quando não há negociação entre a instituição/empresa e os sindicatos. 

No entanto, um conflito psíquico se instaura quando grevistas, servidores da Justiça, são punidos com processos administrativos. Afinal, se a greve é legal, um direito do trabalhador, por que punição? E, ainda pior, sem que se abra o diálogo entre o TJMG e o SERJUSMIG, SINJUS, representantes dos servidores da primeira e segunda instancia.

Segundo o doutor em medicina, especialista em medicina do trabalho e em psiquiatria e psicanalista Christophe Dejours, as contradições da relação entre capital e trabalho são os motivos que conduzem ao adoecer do trabalhador e ao sofrimento físico, psíquico e emocional.

A dignidade humana, portanto, tem que ser o valor supremo no mundo do trabalho e, para isso, é necessário resistir e vencer as dificuldades do trabalho, mas nem todos conseguem, daí o adoecer, o sofrimento e o fracasso.

No caso da greve, o que vemos atualmente é uma tentativa de criminalizar o movimento sindical, com práticas antissindicais e processos contra o sindicato, dirigentes e grevistas.

Foi assim em 2012 com o Sind-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), além das retaliações praticadas contra agentes da Polícia Federal na greve de 2013. Também os professores em Curitiba este ano foram agredidos covardemente pela polícia, com a complacência do governador do estado do Paraná. Houve violência e abuso de autoridade policial, na manifestação pela redução do preço das passagens em BH.

Acusamos também a violência moral e jurídica que está sendo efetuada contra o SINJUS-MG, SERJUSMIG, seus dirigentes e servidores grevistas. No caso da Primeira Instância, servidores estão sendo processados por divulgar informação publicada na revista Época, sobre salário de magistrados, em seu facebook pessoal.

A liberdade de expressão sofre um atentado com a proibição de veiculação na mídia da campanha salarial do sindicato, e constatamos o famoso “vigiar e punir” de Foucault: controle absoluto, até sobre a manifestação de pensamento nas redes sociais.

O mais cruel é que o “patrão”, no caso o Judiciário, é quem julga as liminares, a legalidade da greve e os próprios processos administrativos e criminais. Como esperar isenção de quem julga neste momento de conflito?

Um dos caminhos para haver isenção no julgamento envolvendo os sindicatos de servidores e o TJMG seria o das Cortes Internacionais (CIJ), via OIT, atitude que os sindicatos estão articulando.

Vamos analisar a situação do servidor(a): sem data base, sem reajuste, descontado no salário pelos dias de greve, já que não foi aceita a negociação de reposição dos dias de greve, processos administrativos que fazem com que a evolução na carreira fique estagnada e até mesmo a possibilidade de perda de promoções e progressões por causa da instauração de processos administrativos.

Causa preocupação o estado emocional e mental destes servidores e servidoras. Qual a relação com seus familiares sobre a greve e as retaliações: apoio? Admoestações? Conflitos? Crises conjugais?

Que motivação estas pessoas têm para o dia a dia do trabalho, vivenciado com a marca da retaliação, do autoritarismo, da perseguição, da lei do mais forte?
As doenças psíquicas, segundo Dejours, “envolvem a organização do trabalho, a hierarquia, o controle, a vigilância, as relações de dominação no seio do trabalho e a dominação psíquica”.

O atual trabalho de Dejours, a psicodinâmica do trabalho, que analisa a relação trabalho/sofrimento, constata que “normalidade” do trabalhador seria um resultado precário, pois seu aparelho mental está em constante luta contra as pressões, os conflitos, o abuso de poder e, de acordo com a subjetividade de cada um, os traços psicopatológicos se manifestarão na forma de sintomas variados: irritabilidade, insônia, choro, pesadelos, tristeza, desânimo; mecanismos de defesa do aparelho psíquico para simbolizar o mal estar vivido. Assim, “o sintoma revela a fragilidade do paciente” e também “os destinos possíveis da relação entre trabalho e subjetividade”.

Por outro lado, baixar a cabeça e aceitar mansamente as injustiças, principalmente sendo servidor da JUSTIÇA, vivenciar um dia a dia com a marca do autoritarismo e das perseguições não faz parte da natureza humana, a qual não pode conviver de forma saudável com a injustiça. Conflito que gera muitos dos sintomas descritos nos parágrafos acima.

Mas, voltando às retaliações, entendo, assim como outros profissionais que combatem o assédio moral no Brasil, dentre eles Margarida Barreto e Roberto Heloani, que muitas vezes um ato de intensa violência psicológica vai afetar o sujeito em seus valores morais, alterando seu emocional, criando uma fissura mental, que pode dar origem a diversos sintomas.

De acordo com a subjetividade de cada um, a intensidade da violência psicológica deste ato único, pode trazer sintomas semelhantes aos constatados nas vítimas de assédio moral. E mesmo que, cientificamente, um ato apenas de extrema violência não possa ser diagnosticado como assédio moral, por ter sido um ato único sem a questão da temporalidade, é um dano moral. O impacto da violência deste ato pode fazer com que o servidor viva um dia a dia de sofrimento, mal estar, sentimentos conflitantes de se sentir humilhado, desmotivado, impotente em não poder reagir ou reverter a situação.

Assim, para o servidor, o trabalho perde o sentido e, sem entender ou concordar com a punição, cria mecanismos de defesa para “sobreviver” com saúde no ambiente de trabalho. A violência é internalizada, introjetada pelo servidor.
A saída individual contém repressões da raiva, da mágoa, racionalizações, pensamentos obsessivos e produz diversos sintomas, podendo evoluir para o adoecer e até mesmo para o suicídio.

Seria necessário um trabalho em grupo com estes servidores para analisarmos os efeitos deste ato de todo dia se humilhar, vivenciando uma sensação de derrota e impotência, sendo punido por ter feito uma luta por causas justas e, a partir do coletivo, criar estratégias defensivas e de ação, em prol acima de tudo, da dignidade do trabalhador.

O importante é criar estratégias defensivas a partir do coletivo dos trabalhadores, para manutenção da saúde mental e emocional dos servidores, e que o sindicato continue sua luta jurídica para reverter as retaliações e garantir os direitos e a saúde destes trabalhadores.

Neste momento de greve, que gera cisões crises e conflitos, o coletivo deve ser cada vez mais fortalecido, pois somente a solidariedade entre os servidores fará com que a possibilidade de que um mundo melhor seja real.

Não podemos esquecer que toda conquista dos trabalhadores envolveu muita luta até chegarmos aos direitos trabalhistas que conquistamos.

Arthur Lobato é psicólogo/saúde do trabalhador



Encontro Regional – polo Montes Claros: “Saúde e Assédio no Trabalho” foi mais um tema abordado no evento

Publicado em: http://www.sitraemg.org.br/

Arthur Lobato, psicólogo responsável pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral do SITRAEMG foi o segundo palestrante do Encontro Regional – polo Montes Claros, realizado neste último sábado, 7/11, que falou sobre “Saúde e Assédio no Trabalho”. Antes de iniciar sua palestra, Lobato parabenizou o trabalho da direção do Sindicato e disse estar muito satisfeito em trabalhar junto a esta gestão, pois a considera bastante combativa.



Ao iniciar sua apresentação, Lobato citou as inúmeras causas das doenças laborais, que vão muito além de apenas os trabalhadores envelhecerem. São situações diárias, como, exercício repetitivo, a utilização de mobiliário e tecnologia ultrapassados dentre outros, que também contribuem para o adoecimento do trabalhador. Dentro desse adoecimento, encontra-se também o assédio moral. Segundo Lobato, dados do Ministério Público do Trabalho mostram que o Brasil está em 4º lugar em números absolutos em mortes no trabalho, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos e Rússia.
Arthur Lobato falou sobre os impactos à saúde do trabalhador no mundo globalizado, destacando as vivências em ambientes de competitividade, individualidade, produtividade, novas tecnologias e um novo mundo de trabalho. “Com tudo isso, precisamos cuidar da nossa saúde física e psíquica”, aponta o psicólogo, informando que os maiores problemas envolvendo o trabalho tanto na iniciativa privada, quanto no setor público são os planos de metas, que levam à pressão dos gestores e, como consequência, pressionam seus subordinados, gerando conflitos de tratamento também entre os colegas.
Assédio Moral
O assédio moral é um mal invisível no ambiente de trabalho, pois representa, segundo Lobato, “um conjunto de práticas perversas efetuadas ao longo do tempo de forma sistematizada, com a intenção de prejudicar uma ou mais pessoas”. No ambiente de trabalho, o conceito de assédio moral é definido como qualquer conduta abusiva, repetitiva, que visa diminuir, constranger, desqualificar psiquicamente um indivíduo.
E quem entra na luta contra o assédio moral? “Os sindicatos têm um papel fundamental nesta luta, tornando-se grandes defensores, ao lado dos colegas de trabalho, ao perceberem que alguém está sendo assediado”, informa o psicólogo, dizendo que o assédio é realizado de forma dúbia, maliciosa, dando margem a diversas interpretações, atuando no psicológico e emocional da pessoa. “Geralmente o assédio começa com problemas em relação às diferenças de gênero, idade, raça, religião, estética, competência etc.”, explicou Lobato, destacando os efeitos do assédio moral, que são o absenteísmo, presenteísmo, queda de produtividade, licenças médicas, mudanças de setor e distúrbios psíquicos, emocionais e somáticos.
Após a apresentação do psicólogo Arthur Lobato, vários servidores se manifestaram sobre o tema e até mesmo fizeram relatos de experiências já vividas. Vilma de Oliveira, também coordenadora do Sindicato, ressaltou que, assim como existe a Lei da Palmada, deveria ser criada uma lei que tratasse o tema, a fim de minimizar os casos de assédio moral nos locais de trabalho.
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Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral
Vale lembrar que o SITRAEMG criou a partir de uma deliberação no X Congresso da entidade, realizado em abril deste ano, em Juiz de Fora, o Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral, que conta com a participação do psicólogo Arthur Lobato. Esse departamento tem a função de estudar os casos individuais e reforçar a solidariedade entre os servidores, buscando saídas coletivas. Além disso, visa buscar nos tribunais a existência de políticas de combate ao assédio moral em suas instituições. “O movimento do Sindicato está oxigenando os locais de trabalho”, pontua Lobato.
Alexandre Magnus, coordenador do Sindicato, informou aos colegas que já têm casos sendo avaliados por esse Departamento. Contudo, alerta que é necessário trabalhar preventivamente os casos.

Encontro Regional – polo Montes Claros: servidores aprovam moção de apoio ao Sinjus-MG – entidade está sendo cerceada da atividade sindical

Os servidores reunidos no Encontro Regional – polo Montes Claros – aprovaram moção de apoio ao Sinjus-MG – Sindicato dos Servidores da Segunda Instância do Estado de Minas Gerais -, por estar tendo cerceado da atividade sindical (greve), através de Ação Civil Pública, impetrada pela Advocacia Geral do Estado, sob pena de multa de 100.000,00 (cem mil reais) por dia caso a greve não seja suspensa.
Os servidores da base encontram-se em greve desde o dia 23/09/2015 por uma série de retrocessos vividos pela categoria. CONFIRA AQUI, A MOÇÃO DE APOIO.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

MT: Entrevista com o psicólogo Arthur Lobato sobre assédio moral

Em entrevista, o psicólogo Arthur Lobato explica sobre as formas de assédio moral e as implicações na saúde do trabalhador. No contexto, ele analisa as mudanças que a tecnologia trouxe q que influenciaram também as relações no ambiente de trabalho. As empresas mais competitivas e as necessidades mais urgentes aceleram as rotinas e é neste cenário que o assédio moral se apresenta como um grande vilão. 


SITRAEMG Pé na Estrada: Encontro Regional – polo Montes Claros


SITRAEMG visita os servidores de Corinto, Várzea da Palma, Pirapora, Brasília de Minas, Bocaiúva e Montes Claros




Dando sequencia a série de Encontros Regionais que vem sendo realizada pelo SITRAEMG, a direção do Sindicato convida todos os servidores da cidade de Montes Claros e região para o evento que será realizado no dia 07/11/2015, um sábado, no Dubai Apart Hotel, à Rua Gabriel Passos, 178, Centro, conforme programação abaixo. Esses Encontros oferecem oportunidades de servidores e Sindicato estreitarem seus laços, além do acesso a palestras, debates e discussões de vários temas de interesse da categoria.
Esses Encontros Regionais serão levados às cidades-polo das diversas regiões do estado de Minas juntamente com a continuidade do Programa “Pé na Estrada” que tem como objetivo visitar os locais de trabalho a fim de levar e colher informações relevantes de interesse da categoria, divulgar os trabalhos que vem sendo realizados, promover a interação e motivação dos servidores para participarem das demais atividades político-social do Sindicato, dentre outras. Vale lembrar que tais atividades fazem parte dos compromissos assumidos pela atual gestão durante sua campanha, que visa aproximar, cada vez mais, servidores e Sindicato.
Na próxima semana, nos dias que antecederá o evento em Montes Claros, coordenadores do SITRAEMG, por meio do Programa Pé na Estrada, visitarão as cidades de Corinto, Várzea da Palma, Pirapora, Francisco Sá, Grão Mogol, Bocaiuva, Coração de Jesus, Brasília de Minas, Janaúba, Monte Azul, Itacarambi, São João da Ponte, São Francisco e Januária, para, além de convidar todos os filiados desses locais para participarem do Encontro, levar informes, colher sugestões e convidar os servidores que ainda não são filiados à entidade a o fazerem, com o objetivo de torna a entidade ainda mais forte.
O primeiro Encontro aconteceu no dia 17/10/2015, na cidade de Governador Valadares (relembre aqui).
Inscrições
A confirmação prévia de presença deve ser feita pelo e-mail:margareth@sitraemg.org.br , ou pelos telefones (31) 4501-1500 / 0800-283-4302 – falar com Margareth.
O SITRAEMG arcará com as despesas de transporte, mediante encaminhamento posterior de vouchers de passagens de ônibus ou Nota Fiscal de abastecimento (reembolso de 1 litro para cada 10 km rodados), e hospedagem, em apartamento duplo, em hotel conveniado para os filiados das cidades diversas.
Os colegas ainda não filiados poderão participar das palestras a serem realizadas entre 13h e 19h, no endereço constante abaixo na programação.
Mais detalhes e/ou esclarecimentos podem ser obtidos via e-mail e telefones acima informados.
Veja a programação completa e inscreva-se!
Encontro Regional dos Servidores do Judiciário Federal – Polo Montes Claros
Data: 07 de novembro de 2015
Local: auditório do Dubai Apart Hotel – Rua Gabriel Passos, 178, Centro – Montes Claros
Horário: 13h
Programação
Sábado – 07 de novembro
11h – Credenciamento e abertura do Encontro Regional dos Servidores do Judiciário Federal – Polo Montes Claros – Almoço de abertura no Restaurante Chico´s (ao lado do hotel)
13h – Palestra: “Direito e Movimento Sindical”: Greve do Serviço Público; Criminalização do Movimento; Organização dos Trabalhadores – Palestrante: Gustavo Machado – Pesquisador do Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômicos – ILAESE –; Mestrando em Filosofia pela UFMG.
15h – Coffee Break
15h15 – Palestra: “Saúde e Assédio no Trabalho” – Palestrante: Arthur Lobato – Psicólogo responsável pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral do SITRAEMG; Coordenador da Comissão de Combate ao Assédio Moral SINJUS-SERJUSMIG (2007- 2015) e coordenador do Plantão Sindical de Atendimento às Vítimas de Assédio Moral SINJUS-SERJUSMIG (2007-2015).
17h15 – Campanha de fortalecimento do SITRAEMG:
  • Campanha de sindicalização
  • Organização Regional (Resolução do IX Congresso ordinário)
  • Carteira de Convênios e serviços prestados à categoria
Explanação e Apresentação a ser feita pela Diretoria
19h – Confraternização – happy hour/confraternização, no hotel
23h30 – Encerramento 

Publicado em: http://www.sitraemg.org.br/sitraemg-convida-os-filiados-de-montes-claros-e-regiao-para-o-encontro-regional-dia-0711-programe-se/